domingo, 28 de março de 2010

petit à petit, l’oiseau fait son nid

O atelier começa, aos poucos, a tomar forma.
Amanhã é dia de ir até ao KKKKKKK (ia dizer o nome do estabelecimento, mas passo a pub) escolher alguns materiais.
Depois é uma questão de combinar o trabalho com o pedreiro e um amigo, que se prontificou a fazer as vezes de um canalizador.
Os bons amigos, os verdadeiros, continuam sempre atentos, presentes, e fazem questão em ajudar naquilo para que estão, ou não, vocacionados. Estou curiosa em relação a esta epopeia que envolverá canos, torneiras e água... provavelmente muita, muita água.... eheheheheheh....

O pequeno jardim fica para segundas núpcias, onde está prevista a implantação de tapetes de relva natural e, claro está, entre outras, as minhas flores preferidas – as doces, campestres, coloridas e aromáticas freesias.

A casa continua em mutação - o percurso comparo-o ao de uma larva, que cresce, constrói o seu casulo e espera o tempo necessário para se tornar uma borboleta (se entretanto não morrer durante o respectivo processo de transformação).
E se há algo que compreendo é o tempo de cada um, ou se preferirem, o actualmente denominado timing.
Costuma-se esperar que determinada pessoa reaja de determinada maneira a uma situação específica, o que a meu ver já por si é uma premissa errada, mas o tempo, esse, raramente é respeitado.
Espera-se que o tempo de reacção seja igual ou parecido de alguma forma ao nosso, porque essa é a nossa medida standard. Nada de mais errado. Há que saber esperar. Ou, no caso inverso, tentar perceber e aceitar um tempo de reacção mais acelerado que o nosso.

Quem inventou a noção de tempo (tempo para comer, tempo para dormir, tempo para trabalhar, tempo para tomar banho, tempo para vestir, tempo para estudar, tempo para namorar, tempo para brincar, tempo para ler, tempo para os amigos, tempo para espairecer, tempo para preguiçar, tempo para cusculhar(*), tempo para comunicar, tempo para o ciberespaço, tempo para o noticiário, tempo para arrumar, tempo para limpar, tempo para comprar, tempo para relaxar, tempo para amar, tempo para não fazer nada, tempo para não pensar, tempo para contemplar, tempo para pintar, tempo para... para... para...) lixou isto tudo! eheheheheheh

Isto tudo para vos dizer que,  petit à petit, l’oiseau fait son nid.



(*) termo inexistente mas que julgo poder vir a ser, se é que já o não foi,  adoptado pelo sociólogo José Machado Pais.

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